O QUINTO DOS INFERNOS







O quinto dos infernos é o Brasil! Desde os idos do século XVIII quando éramos colônia de Portugal e pagávamos o quinto de nossa produção (principalmente do ouro) em tributo. Nossa carga tributária vem de longe e essa coisa é muito parecida com a experiência de carregar uma mochila nas costas por um longo percurso. O peso aumenta a cada passo que você dá.
No século XXI o Brasil não pode ser chamado de “quinto” porque a carga tributária é bem maior que isso, com a diferença de que somos “colonizados” pelo nosso próprio governo. Mas se um estrangeiro desavisado perguntar hoje ao governo do Brasil vai ouvir a resposta pronta: O quinto dos infernos é o Pedro Novais! Já caíram quatro e quando a Dona da casa pensava que a “faxina” (não diga essa palavra que ela não gosta) estava acabando, caiu o quinto e sujou a sala.
Ta danado. O Antonio caiu, o bolso dele abriu e 20 milhões foram pra debaixo do tapete. O Alfredo caiu e a gente nem sabe quanto (mas sabe que foi muuuuiiiito) foi desviado dos transportes. O Nelson foi falar demais (a gente sabe que era tudo verdade) acabou caindo. O Wagner caiu do jatinho da Ourofino e deixou um cheiro de sujeira na sala.
Agora vem o Pedro e esculhamba tudo. A dona da casa entra na sala e encontra espalhados pelo chão em manchetes de jornais: uma investigação do SNI (Serviço Nacional de Informações) por improbidade administrativa dos tempos da Arena; o contracheque da governanta e do motorista da madame que era pagos pela Câmara; contratos sem concorrência pública para o Bem Receber Copa (e parece que receberam muito bem); a Operação Voucher com a prisão do Frederico e , pra fechar, uma nota fiscal de um motel em São Luiz - MA com uma bagatela de R$ 2.156,00 (o motelzinho caro da moléstia!). Depois dizem que a chefe não tem razão de reclamar! De que inferno saiu esse quinto? E onde esse inferno vai parar? (bendita imprensa que bota titica no ventilador).
Mas está tudo sob controle: O Antonio está por aí, o Alfredo voltou pro Senado, O Nelson foi pra casa (que pena!), o Wagner pra cama, digo Câmara, para onde voltou também o tiozinho do motel Pedro Novais.
Com essa punição exemplar eu fico pensando: será que vem por aí o sexto dos infernos? As peças foram trocadas, a corda rebentou do lado mais fraco, o dinheiro sumiu e onde foi parar a sujeira? A dona da casa já avisou: Não estou fazendo faxina nenhuma!


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