ISSO É QUE É AMIZADE!

Ele foi informado de que seu amigo estava muito doente, quase à morte e queria muito vê-lo. Afinal, ter um amigo por perto seria extremamente confortante para o moribundo que, segundo o diagnóstico, não tinha a menor chance de sobreviver. Pena que a agenda do jovem médico estava muito apertada. Ele era muito solicitado e, dedicado como era, não lhe parecia sacrifício algum ir aos mais diversos lugares para atender pacientes com todos os tipos de doenças, desde cegueira, febre até paralisia ou lepra e houve até alguns casos que ele fez ressuscitação com sucesso total. Diziam que Ele tinha um jeito de falar que não somente curava as pessoas como até alguns mortos voltavam à vida.

O detalhe é que o médico Galileu era pregador e as curas que fazia eram milagrosas, por isso, Ele não somente era o médico daquela gente como o profeta mensageiro. Daí dá pra se deduzir como sua agenda era apertada, isso sem falar de seu trabalho na escola de líderes que ele abrira e, não é exagero dizer, que seus alunos lhe davam mais trabalho do que as multidões que se aglomeravam para ouvir suas preleções.

As multidões queriam ouvir sermões, comer do pão multiplicado e receber cura, enquanto os discípulos,  que seriam responsáveis pela sequência do ministério messiânico, requeriam do mestre o trabalho de moldar-lhes o caráter de modo que se tornassem semelhantes ao mestre e isso, evidentemente, era um trabalho muito desgastante.

Mas...

E o amigo? Não merecem os amigos uma atenção especial? Certamente. Porém, em se tratando de Jesus, a avaliação é diferente. Os padrões são divinos e não humanos o que significa que todas as ações e reações acontecem dentro de uma economia que contém princípios transcendentes. Assim, temos uma ação divina em quatro fases:

Fase 1: O teste de fé. Jesus espera o amigo morrer, ser sepultado e só aparece depois de quatro dias.

Seria Ele bem recebido? Sim, ele foi bem recebido. O desabafo de Marta e Maria eram palavras de alguém que tinha liberdade para dizer o que sentia (coisa de amigo) e Jesus assimilou muito bem.

Fase 2: O consolo. Levaram o mestre para ver o túmulo do amigo.  

O doutor Jesus não suportou ver as lágrimas da família e dos amigos de Lázaro e, surpreendentemente, o rei chorou com eles diante do túmulo. Não há consolo maior pra quem chorar do que encontrar alguém para chorar junto.

Fase 3: Desafio: Depois do consolo, o desafio: “tirai a pedra”.

Ela fora colocada na porta do túmulo como um sinal de caso encerrado. O amigo já estava morto e não havia mais o que ser feito, a esperança fora sepultada, a frustração, calada na alma para ser curada pelo tempo e uma multidão olhando para a pedra e chorando sua dor, seu luto e sua impotência diante do grande inimigo que atende pelo nome de morte.

O mestre chega e manda tirar a pedra. Ele pode. Ele tem em sua missão terrena a determinação para vencer a morte e em seu DNA a essência do Deus todo poderoso! Ele resolve dar uma demonstração clara de seu poder divino. Marta reluta, o mestre lhe dirige uma palavra de fé e a pedra é tirada.

Fase 4: O milagre: Seria bom se ele viesse primeiro, mas aqui, como em tudo o que Deus faz em nossa vida, ele vem em último lugar, o que não significa que seja menos importante do que se estivesse em primeiro plano.

Depois do teste, a fé está fortalecida. Depois do consolo, a amizade está mais sólida do que nunca e depois do desafio, que demonstrou alta confiança e respeito pelo amigo-mestre-doutor, chegou a hora da recompensa. Sai a imagem do ser humano e entra em cena o Deus que tem poder sobre  a morte. Aleluia!

Jesus faz uma oração rápida e objetiva e chama Lázaro pelo nome. O amigo prontamente atende à voz de Deus e sai do túmulo. O que segue é vida nova para Lázaro, sua família e amigos. Moral da história: Quem tem Jesus como amigo nunca fica sozinho.

Verifique na sua lista de amigos (não a do Orkut ou facebook, mas aquela do coração) qual o nome mais importante para você. Se o nome de Jesus estiver no topo dela você está bem de amigo, mas se o nome de Jesus não estiver lá procure colocar. É simples! Basta crer que Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna [Jo.3.16].