FESTIVAL GOSPEL PLIM PLIM


A rede Globo exibiu ontem, em horário nobre, um show que ela mesma denominou de Festival Promessa. Eu assisti, gostei e quero comentar.
Não sei de quem foi a idéia, muito menos qual a motivação para que o evento acontecesse, mas louvo a iniciativa. Aliás, numa rede televisiva que se apresenta como porta-voz do povo, já estava passando da hora de apresentar a voz do povo evangélico no Brasil.
Ainda não sei se foi realmente um festival, considerando que os festivais da música brasileira sempre revelaram novos talentos, coisa que não aconteceu no festival promessa, uma vez que os cantores que se apresentaram já são nomes consagrados no seguimento. Mas eu prefiro ficar com o nome PROMESSA porque essa palavra tem um valor inestimável para os servos de Deus.
É comum os pastores perguntarem ao público: Quem tem promessa de Deus aí? Todos, evidentemente erguem a mão já esperando ouvir: Fique tranqüilo porque Deus é fiel e vai cumprir todas as promessas que te fez! Por outro lado, existe a banalização do tema. Tem gente comprando carro (com prestações a perder de vista) e colocando um adesivo “Promessa de Deus”, tem gente casando (por interesse) sem estar preparado para o casamento e dizendo que foi promessa de Deus e etc. e, agora, temos o festival Promessa que, certamente, depois de análise profunda dos resultado$$ poderá se repetir reiteradas vezes.
Parabéns Rede Globo! Certamente os pastores vão parar de demonizar sua programação, os crentes vão poder assistir as novelas sem culpa, os críticos vão elogiar a iniciativa afirmando que você não é preconceituosa, a oposição (da igreja) à apologia ao homossexualismo, à idolatria e à relativização dos valores morais e éticos na família está enfraquecida e, finalmente, a rede Record que não anda muito bem no conceito dos evangélicos, não só por causa da má qualidade das novelas, mas principalmente pela lambança do bispo na crítica irresponsável aos pentecostais, levou um “tapa na cara” porque sua principal concorrente fez o que ela deveria fazer com freqüência, mas nunca fez.
À igreja brasileira eu prefiro esperar um pouco para dar os parabéns.
Ainda não sei o que de fato aconteceu (o que não me impede de ficar feliz e comemorar). Se isso foi “coisa de Deus” para exaltar a igreja brasileira ou “coisa do marketing” para faturar em cima da igreja brasileira, o tempo dirá.
Não é demais lembrar que pelos menos alguns dos cantores que lá se apresentaram são contratados da gravadora da rede e, diga-se de passagem, são campeões em vendas. Esse festival promete! O quê? Ainda não sei. Vou esperar pra ver
Por enquanto, eu fico aqui aplaudindo a Rede Globo de televisão, na esperança de que outras emissoras sigam o exemplo, e que os pastores e igrejas que estão na mídia tirem lições desse episódio para aprenderem a “fazer televisão”. Acho que todos concordam que, em matéria de qualidade e profissionalismo, a rede Globo é mestre.

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