ONDE ESTÃO OS 10?

Javé, o Todo Poderoso, resolveu destruir Sodoma por causa do clamor que chegara aos céus, vindo diretamente de Sodoma, informando que as coisas por lá estavam fora de controle. Os sodomitas eram grandes pecadores contra o Senhor a ponto de afrontá-lo através da prática homossexual, coisa que Deus abomina.
Os sodomitas amavam a orgia e a promiscuidade. A situação era tão grave que quando Ló hospedou os anjos, alguns homens da cidade foram à sua porta exigir que ele lhes entregasse os seus hóspedes, para que abusassem sexualmente deles, ao que Ló respondeu oferecendo suas filhas virgens em lugar dos homens que estavam em sua casa, mas tal oferta foi recusada com veemência. Assim, Deus, que não precisa ficar bem com a opinião pública, decretou a destruição da cidade.
Porém, antes de destruir a cidade, Deus mandou que os anjos passassem pela casa de Abraão para lhe dar a notícia. O velho patriarca, sabendo do que estava para acontecer, foi à presença de Deus interceder por toda aquela gente. Abraão começa sua oração ponderando que em Sodoma pudesse haver 50 justos (considerando a importância da cidade, esse número era extremamente pessimista) ao que Deus responde: Não destruirei a cidade por amor aos cinquenta.
Abraão pensa, pensa, pensa... e conclui. A cidade não tem cinquenta justos! Baixa para quarenta e cinco, depois para quarenta, para trinta, depois para vinte e finalmente para dez. Deus continua irredutível em sua disposição de poupar o pecador por amor aos justos e diz: Não destruirei a cidade por amor aos dez.
Porém, a julgar pelos fatos que sucedem, fica claro que em Sodoma não haviam dez pessoas capazes de se revoltar contra o pecado. Mas a pior constatação é que o que destruiu Sodoma não foi a ação dos pecadores e sim o silêncio dos justos. Nem todos os homens da cidade eram homossexuais, nem todos os sodomitas eram grandes pecadores contra o Deus. O problema é que os grandes pecadores estavam cercados de covardes que viam, ouviam e sabiam de tudo, mas não se opunham
É sempre assim. No início a maioria se revolta contra os grandes pecadores. Para a sociedade justa e ordeira, os corruptos, os ladrões, os arruaceiros, os desrespeitadores de família alheia, os mentirosos, os caloteiros, os deturpadores da moral e da ética e etc. devem ser extintos.
Mas...
Uma piada aqui, um debate ali, outra manifestação acolá, seguidas de exposição pública maciça, e, em pouco tempo, as coisas vão fazendo parte da rotina social e entrando na normalidade. Largamos as pedras, baixamos a guarda e abraçamos os mentirosos, aplaudimos os corruptos, convivemos harmoniosamente com os ladrões, toleramos os arruaceiros, nos tornamos caloteiros, não criticamos os desrespeitadores da família e os “etc.” vão se inserindo sem maiores dificuldades em nosso convívio social. Mas nós não somos bobos! Não engolimos nada a seco. Primeiro a mídia massifica, depois a justiça legaliza e por fim a “teologia” adapta. Aí sim. Agora está tudo bem!
A sorte é que Deus é justo! (isso me arrepia). A justiça de Deus poupa o ímpio por amor ao justo, mas, num tempo determinado, livra o justo e destrói o ímpio. Sodoma só não escapou porque não tinha dez justos em sua sociedade.

Moral da história: Uma sociedade que cala a voz dos justos está cometendo suicídio.

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